Quantos de vocês não reclamam da quantidade de spam em sua caixa postal? O excesso de mensagens que entope e prejudica a leitura de seus outros e-mails. São mensagens com propagandas não solicitadas, promoções sem sentido, conteúdo pornográfico e falsos avisos bancários. Estamos a mercê dessa poluição mas a autorregulamentação do e-mail marketing pode por um fim nisso.
E mais uma edição do WAW-RJ ocorrida ontem, 19 de agosto, profissionais de análise web estiveram reunidos na ESPM-RJ para assistir a palestrante Priscila Gonçalves, diretora de marketing da Mailsender Tecnologia, sobre o lançamento da autorregulamentação do e-mail marketing para o setor. Há anos somos inundados por spam, mensagens indesejáveis e promoções sem sentido, poluindo nossas caixas de e-mail: “cerca de 80% do tráfego de e-mails na web é spam”. A apresentação serviu para demonstrar em que caminho está o documento que norteará as corretas práticas.
E-mail marketing ético
Antecipando a lei do spam que não reflete a atualidade e necessidade do serviço e seguindo o exemplo do CONAR, conselho de autorregulamentação da publicidade, o documento que contou com a participação de grandes empresas no setor convidadas pelo CGI (Comitê Gestor da Internet) para sua composição, determinará caminhos e regras para um e-mail marketing ético separando o joio do trigo e visa organizar e promover seu reconhecimento como meio de publicidade.
Agora qualquer envio de e-mail relacionado a marketing e promoções exige-se que o internatua tenha preenchido um cadastro e confirmado a opção recebimento de propaganda (Opt-In), haja algum vínculo financeiro ou de relacionamento entre empresa.
Influências externas
Nosso código está entre as versões usadas nos EUA e na Europa, comenta Priscila. Na versão americana empresas podem enviar qualquer tipo de publicidade desde que haja uma forma no e-mail para descadastramento. Já na versão européia, usa-se um Double Opt-In: após o cadastro em um site pelo internauta ele recebe um e-mail com um link de confirmação da opção. Só após isso é que o e-mail está apto para o envio. Essas práticas servirão para que se tenha o log de cadastro de cada e-mail embora empresas que possuem bancos de e-mails há muito tempo não possuem esses registros pois são de uma época anterior a preocupação com o spam na rede.
Outros pontos que levaram em consideração para o internatua é que sempre deverá existir uma forma de descadastramento (Opt-out) no e-mail enviado e a publicidade deve vir também em um e-mail válido do tipo: publicidade@nomedaempresa.com.br. A criação de um e-mail abuso@nomedaempresa.com.br também foi uma sugestão de canal, semelhante a enviar uma mensagem para ombudsman/ouvidoria, para denunciar más práticas.
Entre os questionamentos que seguiram na palestra uma solução para alguns que possuem e-mails vindos de parcerias foi o Soft-Opt-In: o envio de uma mensagem avisando que o e-mail está cadastrado e se deseja continuar a receber os informes, lembrando, que tudo deve ser enviado através de um e-mail válido da empresa onde foi cadastrado.
Em três meses as empresas devem se alinhar a nova regulamentação. Punições contra as ações abusivas ainda não foram decididas, mas o importante é que o código é atual visa a melhor forma de promover a publicidade por e-mail no Brasil.
Saiba mais
Leia aqui o código no site da Associação Brasileira de Marketing Direto (ABEMD) ou na página da MailSender com opção de download em PDF.
Práticas de antispam sempre foram alvo de debates. Para saber mais visite a página Antispam.br do Comitê Gestor da Internet.
Parabéns pelos envolvidos e espero ver logo essas mudanças nos rodapés de muitas mensagens que recebo.