Nos Estados Unidos, inspirados pelo Dia de Ação de Graças, onde todos comemoram e dividem as graças recebidas e compartilham. Inspirados na época das colheitas e da servidão à Inglaterra, a prática permanece até hoje. Com isso, os lojistas americanos encontraram também uma oportunidade de comércio. Na sexta-feria, logo após a data de Ação de Graças, eles fazem uma mega promoção chamada Black Friday com preços realmente abaixo do esperado e aquecendo o mercado para as compras natalinas.
Já no Brasil, na moda do “vamos copiar”, lançaram também a sua “sexta feria negra” tupiniquim. E o resultado está bem longe do praticado na terra do Tio Sam. Descontos fraudulentos, sites fora do ar pelo excesso de visitas e problemas de logística, a um mês do Natal.
O que poderia ser uma oportunidade em comunicação, relacionamento e em vendas, acaba por deixar o consumidor mais ressabiado que nunca, deixando para depois a sua compra ou pior: desestimulando-a. Poucos conseguem aproveitar o momento de movimento e busca de descontos com sabedoria, realmente oferecendo descontos, oportunidades e vantagens nesta data.
O consumidor online não está alheio ao que acontece e, pelas redes sociais e sites de comparação de preços, já acompanha as descobertas e denúncias das péssimas práticas praticadas pelas marcas.
Além das decisões de marketing, o investimento em recursos e equipe são fundamentais para uma preparação para o Natal. O Black Friday serve para isso: ver como seu e-commerce lidaria com uma grande demanda em pouco tempo. Se o servidor não suporta o gigantesco número de acessos, já deveria ter planejado essa contingência com antecedência.
Da forma como estamos sendo preparados a cada Black Friday no Brasil, nos próximos, ao invés de vendas, teremos muitos memes a compartilhar pelo Facebook.